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Você é um foodie?

Você é um foodie?

Por Ruy Castro, para Folha de São Paulo. 

RIO DE JANEIRO – Se está se submetendo ao curso interno de uma empresa tendo em vista uma futura contratação, você não é um estagiário, mas um “trainee”. Deve haver alguma diferença. Talvez os “trainees”, depois de aprovados, ganhem mais que os estagiários.

Claro que, se você for um “jovem com grande potencial de desenvolvimento”, poderá pular a condição de “trainee” e ir direto para um processo de “mentoring”. Segundo leio, “mentoring” significa “ajudar o talento a desenvolver habilidades que serão decisivas na vida profissional, a entender os valores da empresa e a aprimorar seu relacionamento com a cúpula da organização”.

E se já não for tão jovem e estiver apenas vivendo uma crise profissional? Digamos, você odeia seu emprego, despreza o chefe e quer sumir dali, mas não vê nenhuma perspectiva, nem o mercado o está disputando a dentadas. Nesse caso, só o “coaching” o salvará. E o que é “coaching”? Também segundo leio, “é um acordo entre o ‘coach’ (o profissional) e o ‘coachee’ para atingir um objetivo desejado pelo cliente”. Ou seja, aquilo que, até outro dia, se chamava orientação profissional.

Quem sabe a empresa dos seus sonhos é uma de “factoring”? “‘Factoring’”, idem, “é uma atividade que consiste na prestação de serviços de apoio às pequenas e médias empresas, conjugada com a compra de direitos creditórios originados de vendas mercantis realizadas por sua clientela”. Uma empresa de “factoring”, já se vê, não pode se limitar a “trainees”. Precisa de “mentoring” e “coaching”.

E vá por mim: conta ponto junto aos chefes você ser um “foodie” –um aficionado de grandes pratos em grandes restaurantes. Mas importante mesmo, no mundo corporativo, é saber o que é “trainee”, “mentoring”, “coaching”, “factoring” e “foodie”, e usar essas palavras sem ficar vermelho ou rir.

Ruy Castro, escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Escreve às segundas, quartas, sextas e sábados na Página A2 da versão impressa. 

Matéria publicada na Folha de São Paulo, em 22 de maio de 2013.[:pt]

Você é um “foodie”?

Por Ruy Castro, para Folha de São Paulo. 

RIO DE JANEIRO – Se está se submetendo ao curso interno de uma empresa tendo em vista uma futura contratação, você não é um estagiário, mas um “trainee”. Deve haver alguma diferença. Talvez os “trainees”, depois de aprovados, ganhem mais que os estagiários.

Claro que, se você for um “jovem com grande potencial de desenvolvimento”, poderá pular a condição de “trainee” e ir direto para um processo de “mentoring”. Segundo leio, “mentoring” significa “ajudar o talento a desenvolver habilidades que serão decisivas na vida profissional, a entender os valores da empresa e a aprimorar seu relacionamento com a cúpula da organização”.

E se já não for tão jovem e estiver apenas vivendo uma crise profissional? Digamos, você odeia seu emprego, despreza o chefe e quer sumir dali, mas não vê nenhuma perspectiva, nem o mercado o está disputando a dentadas. Nesse caso, só o “coaching” o salvará. E o que é “coaching”? Também segundo leio, “é um acordo entre o ‘coach’ (o profissional) e o ‘coachee’ para atingir um objetivo desejado pelo cliente”. Ou seja, aquilo que, até outro dia, se chamava orientação profissional.

Quem sabe a empresa dos seus sonhos é uma de “factoring”? “‘Factoring'”, idem, “é uma atividade que consiste na prestação de serviços de apoio às pequenas e médias empresas, conjugada com a compra de direitos creditórios originados de vendas mercantis realizadas por sua clientela”. Uma empresa de “factoring”, já se vê, não pode se limitar a “trainees”. Precisa de “mentoring” e “coaching”.

E vá por mim: conta ponto junto aos chefes você ser um “foodie” –um aficionado de grandes pratos em grandes restaurantes. Mas importante mesmo, no mundo corporativo, é saber o que é “trainee”, “mentoring”, “coaching”, “factoring” e “foodie”, e usar essas palavras sem ficar vermelho ou rir.

Ruy Castro, escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Escreve às segundas, quartas, sextas e sábados na Página A2 da versão impressa. 

Matéria publicada na Folha de São Paulo, em 22 de maio de 2013.[:]

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